Ex-marido Frio: Amor Inesperado ( Amelia Mendes )

Chapter Capítulo 28



Capítulo 28 

Rafael olhando a tela do celular respondeu: “Eu não sei.” 

“Mas essa pulseira…” Matheus comentou sobre a pulseira que a menina tinha em suas mãos, “não é a mesma que você deu para a Helena quando eram crianças?” 

Ele conhecia Rafael desde a infância, e naturalmente conhecia Helena, 

Na época, Rafael, por conta do falecimento de sua mãe biológica, era alguém distante e não se misturando com ninguém, gostava de se isolar, e somente a dócil Helena apreciava, ficar mesmo que sem dizer nada, ficar ao seu lado. 

Ainda muito novo, Matheus não compreendia o significado da separação pela morte e ainda na idade das travessuras, gostava de contrariar Rafael, falando sem pensar. Quando via Helenal ao lado de Rafael, ainda ironizava ela junto com um grupo de amigos, falando que eram um casal e que quando fossem maiores, ela seria a noiva de Rafael. Ele, ainda era muito novo. não entendia o que era ser um casal ou o que era uma noiva, apenas repetia as palavras que ouvia das novelas. 

Helena, ainda muito tímida, mesmo não entendendo o significado, julgava aquilo ser algo bom em seu entendimento e sua pouca idade, ficava tão constrangida que seus olhos enchiam–se de lágrimas, e pela primeira vez em sua vida, Matheus apanhou feio, e Rafael foi quem of 

surrou. 

Após isso, Matheus se conteve, e até cultivou uma certa coragem ao receber um corretivo de Rafael, iniciando uma admiração por ele igual a como Helena fazia, sem constrangimento algum. Devido a isso, ele se recordava da pulseira que Rafael havia dado a Helena, como presente de aniversário dela. 

Ao fazer oito anos, Sophia Lima, tentando aperfeiçoar sua amizade com Rafael, presenteou–lhe com uma pulseira de Estátua de Jade Branco com as iniciais do seu nome. Mais tarde. quando o pai de Rafael quis presentear o menino, que nunca pedia nada, desta vez, escolheu por si mesmo. Seu pai, muito feliz por seu filho ter feito um pedido, sem hesitação o atendeu, e o presente de aniversário que Rafael havia escolhido era uma pulseira de esmeralda com a imagem de Buda, semelhante à sua Estátua de Jade Branco, com as iniciais do nome de Helena. Quando Sophia o havia dado a Estátua de Jade Branco, ela disse que que era bom ter o nome gravado na pulseira, pois traria proteção e saúde. Então, ele deu para a Helena uma pulseira com o mesmo significado, pois temia que se desse um colar ela poderia se sufocar enquanto estivesse dormindo. Contudo, havia um segredo naquela pulseira – ela podia ser usada tanto como pulseira quanto como colar. 

Embora Matheus não presenciado Rafael dando a pulseira para Helena, ele sabia da história e sempre a via usando com carinho. Mesmo sendo muito jovem na época e não se lembrando nitidamente do rosto de Helena, ele tinha ficado com uma impressão muito forte a respeito da pulseira, pois a segunda surra de sua vida estava relacionada a ela. 

Naquela época, quando Rafael costumava ignorá–lo, ele entediando–se, começava a provocar 

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Capitulo 28 

Helena, a seguidora de Rafael. Naquela idade, provocár meninas significava ficar puxando seus cabelos ou pegar seus brinquedos fingindo não os devolver, como que por acidente, ele arrancou a pulseira de Helena e, sentindo–se superior, a ergueu alto para que ela não conseguisse pegar. Vendo o desespero de Helena e com os olhos vermelhos, ele ficava com mais vontade de provocá–la, sem esperar que ela ficasse pulando para tentar recuperá–la, o que fez com que a corrente quebrasse. Helena, que não costumava chorar, ficou com os olhos vermelhos mais uma vez, e então Matheus levou a segunda surra de sua vida, novamente por Rafael. 

Portanto, apesar dos anos que se passaram, Matheus reconheceu a pulseira 

instantaneamente, porque a memória dele estava muito viva e o design da pulseira era muito Único, um mix simbólico que Rafael tinha criado na infância. 

Seu olhar admirado voltou–se de novo para Rafael. 

Rafael estava bem mais calmo do que ele: “Eu não tenho certeza.” 

Ele ainda não tinha tido a chance de examiná–la de perto. 

“Olhe, é bastante parecido, tem uma feiura única.” Matheus comentou, dando mais uma olhada na tela do celular, antes de se virar para Rafael, “A idade também parece própria, e quanto aos traços faciais, nem todo mundo é proporcionalmente parecido, as moças mudam muito quando chegam aos dezoito anos, pode muito bem ser a Helena.” 

Rafael balançou a cabeça bem devagar: “Minha intuição diz que não é ela.” 

Matheus levantou uma sobrancelha: “Intuição?” 

Rafael: “A Helena não tinha um temperamento tão espalhafatoso.” 

Ele se recordava de como a Helena de sua infância era, sempre silenciosa e bem–educada, falava pouco, compreensiva e amável, não tinha nada de desafiadora e caprichosa que ele tinha visto na garota estranha que estava com a pulseira. 

Se fosse para comparar, a Amélia tinha um temperamento mais parecido. 

Amélia? 

Rafael pausou seus movimentos.


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