Ex-marido Frio: Amor Inesperado ( Amelia Mendes )

Chapter Capítulo 27



Capítulo 27 

A menina elevou a cabeça sem poder entender e disse: “De onde veio essa pulseira? Essa pulseira é minha.” 

Ela virou o pulso com força, tentando recuperá–la.. 

Rafael olhou para seu rosto: “Qual é o seu nome?” 

“Você está maluco ou o quê?” A menina ficou ainda mais nervosa. “Quem é que pergunta o nome de alguém quando vê pela primeira vez? Eu nem te conheço!” 

Rafael franziu a testa, observando–a com um olhar critico. 

A garota era jovem, talvez com uns vinte e três ou vinte e quatro anos, possuía traços delicados e belos, uma figura magra e proporcional, cabelos castanhos ondulados e longos. vestindo um conjunto simples ao estilo Chanel, alegre e moderno, com um temperamento calmo mas com um toque de atrevimento travesso. Contudo, o rosto dela era totalmente estranho para ele. 

A menina perdeu a paciência por causa do olhar de Rafael: “Se você não me soltar agora mesmo, eu vou chamar a policia.” 

Ela começou a gritar: “Assédio! Está acontecendo um assédio aqui!” 

Foi então que Rafael se deu conta que ainda segurava o pulso dela pela manga, uma reação instintiva causada pela confusão em seus pensamentos. 

“Desculpe.” Ele soltou a mão dela e ficou olhando a pulseira em sua mão, depois olhou para o rosto dela de novo, com um olhar confuso e cheio de crítica. 

Ela o olhou com cuidado, e assim que sua mão foi solta, apressou–se em retirá–la, olhando para Rafael como se ele fosse um louco, enquanto retrocedia em direção à porta, virando–se de vez em quando para observá–lo, cheia de perplexidade. 

Rafael se afastou, subiu as escadas e, ao voltar para o quarto, telefonou para Bruno, 

pedindo–lhe para verificar as gravações de segurança do lobby do hotel. 

“Sr. Gomes, para que você precisa disso?” Bruno perguntou ao telefone, nitidamente confuso. 

“Me envie e pronto.” Rafael não quis dar mais explicações. “Quero em cinco minutos.” 

“Certo, vou cuidar disso imediatamente.” Bruno concordou imediatamente. 

“E a propósito,” Disse Rafael sentando–se no sofá, “investigue quem é Pedro.” 

“O quê?” Bruno ficava cada vez mais confuso. “E quem é esse?” 

Rafael disse: “Não se preocupe, vou te mandar as informações básicas, só procure.” 

“Tudo bem.” 

Bruno concordou novamente. 

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Capitulo 27 

Ele era muito eficiente no trabalho e em seguida, conseguiu o video de segurança do lobby e o encaminhou para Rafael. 

Rafael ficou com os olhos fixos na pulseira que ela estava usando, a inscrição “AM” gravada em alto relevo se tornava visivel e invisivel enquanto ela se movia. 

Rafael franziu a testa rapidamente, e seus longos dedos batiam na parte de trás do celular, tentando entender. 

Naquele momento, a campainha tocou. 

Rafael olhou em direção à porta e levantou–se para abri–la. 

“Surpresa?” Ao abrir a porta, um rosto bonito com um grande sorriso apareceu, urn torn de voz alto falando em inglês, obviamente de bom humor. 

Rafael estava muito mais contido comparando com seu entusiasmo. 

Rafael soltando a maçaneta da porta, apoiou–se nela com um braço cruzado sobre o peito e olhando para ele disse: “Quem te disse que eu estava aqui?” 

O sorriso no rosto de Matheus Ferreira continuou da mesma maneira: “Quem poderia ser. senão o seu Bruno?” 

Ele tentou passar por Rafael para poder entrar, mas Rafael levantou a perna e bloqueou a passagem, imóvel como uma montanha, olhando para ele: “Ele te ligou?” 

“De maneira alguma.” Matheus parecia não se importar e continuou sorridente, “Eu estaval tentando te ligar quando você estava no avião e não foi possível, então telefonei para o Bruno. Ele falou que você estava viajando a negócios, então, perguntando um pouco mais, descobri que você tinha vindo para Zurique. Mas que coincidência! Eu também estou em Zurique, então eu não podia deixar de aproveitar a oportunidade para encontrar você para bebermos. juntos. Já faz muito tempo que não nos vemos.” 

Ele e Rafael haviam crescido juntos como irmãos, no mesmo pátio, na mesma creche, na mesma escola primária e secundária. Apenas não frequentaram o mesmo ensino médio porque Matheus não tinha conseguido alcançar o nível acadêmico de Rafael, mas isso nuncal havia afetado a relação entre eles. Claro, essa falta de impacto também era por causa de Matheus ser insistente como um chiclete. 

Rafael era bem reservado desde pequeno, ele, ao contrário, era energético. Quando criança, ele não tinha muito interesse por Rafael, achava–o muito arrogante e sério demais, uma pessoa sem graça para estar junto. Mas essa falta de interesse acabou mudando quando ele notou a inteligência acadêmica de Rafael. Seu interesse em admirar os fortes fez com que ele gradativamente se aproximasse de Rafael, e ele nem se importava com a indiferença de Rafael, principalmente depois de conhecê–lo bem e entender que era apenas o jeito dele ser. Ele se acostumou, e o mais importante, Rafael era cauteloso e audacioso, capaz de antecipar ações futuras, o que lhe dava uma sensação de segurança ao estar ao seu lado. 

Rafael não era agitado e expansivo como ele em relação aos amigos, mas era simples e leal. Assim, ao longo de décadas, a amizade entre eles foi se aprofundando silenciosamente. 

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Mesmo após o vestibular, ele não conseguindo entrar em uma boa universidade, optando por estudar no exterior, e passando a maior parte do tempo na Europa, não levou à diminuição do afeto mútuo. 

Ao saber que Rafael também estava em Zurique, apressou–se a encontrá–lo assim que terminou o trabalho. 

Rafael percebendo que ele não estava mentindo, finalmente relaxou a mão que segurava a porta e deu espaço para ele entrar. 

“O que está fazendo aqui em Zurique?” perguntou Rafael, o vendo entrar e fechar a porta atrás de si. Foi até a geladeira, pegou duas latas de cerveja gelada e lançou uma para ele. 

Ele tinha reservado a suite presidencial que ficava no último andar, que tinha um amplo espaço e uma vista excelente. Diante da janela, era até possivel avistar o apartamento e a escola onde Amélia estudava. 

Ao lembrar de Amélia, que mais cedo havia ficado ao lado de Pedro e basicamente o ter dispensado, fez com que ele ficasse repentinamente frio. 

Matheus nem notou a mudança na fisionomia de Rafael e que com muita habilidade pegou al cerveja que foi lançada em sua direção, abrindo–a enquanto falava: “O escritório está com muitos pedidos ultimamente, estamos pensando em contratar alguns freelancers em design, por causa disso, eu vim até aqui dar uma olhada na universidade, porque o departamento de arquitetura daqui é um dos melhores do mundo.” 

Ao escutar “departamento de arquitetura“, Rafael vacilou por um instante com a lata de cerveja na mão. Matheus levantou a sobrancelha: “Algum problema?” 

“Não é nada,” respondeu Rafael, abrindo a lata de cerveja com destreza e após tomar um bom gole, sentando–se no sofá, disse: “Parece que os negócios estão indo bem.” 

Matheus também havia estudado design de arquitetura na universidade. Após não ter conseguido passar no vestibular no Brasil, ele se inscreveu em uma universidade na Europa. Primeiramente, ele queria escolher um curso na área de finanças, que era mais fácil de concluir, mas acabou fazendo, por engano, arquitetura e seguiu em frente. Depois de se graduar, trabalhou por dois anos em um Escritório de Arquitetura, Alta, conseguindo ganhar experiência e contatos. Logo após, ele e um colega abriram um pequeno escritório de arquitetura pequena. Nos primeiros dois anos, os negócios não estavam indo bem. Matheus. não suportando mais, voltou ao Brasil para pedir ajuda a Rafael, o qual analisou os pontos fortes e fracos do seu escritório e o cenário do mercado europeu, sugerindo que ele substituisse o design de arquitetura residencial pelo de construção civil. Após um tempo terem contato, o negócio de Matheus começou a dar lucro. 

Matheus sorria cheio de orgulho ao mencionar : “Está indo bem.” 

sem 

Levantou sua cerveja querendo brindar com Rafael: “Devo isso aos conselhos do Sr. Gomes.” 

Rafael também levantou sua cerveja em resposta: “Parabéns.” 

Esvaziou a lata de cerveja em um só gole. 

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Matheus levantou as sobrancelhas para ele: “Está de mau humor?” 

Rafael: “Não.” 

“Não tente me enganar, eu te conheço há bastante tempo, percebo rapidamente o que você está pensando só pela forma como você olha. Matheus disse, sentando–se ao seu lado e virando–se para ele, “O que está te preocupando?” 

“Nada.” Rafael ainda respondia com indiferença. 

Matheus riu com ironia e continuou a pressionar: “É algo relacionado ao trabalho?” 

Rafael: “Não.” 

“Romance?” Matheus foi se aproximando um pouco mais e disse. “Falando nisso, você já está casado há dois anos e eu ainda não tive a oportunidade de conhecer sua esposa.” 

Rafael não olhou para ele: “Você voltou ao Brasil recentemente, não é?” 

“Você tem razão.” Matheus concordou, pensativo. Ele tinha passado os dois últimos anos. ocupado demais com sua startup para retornar ao Brasil. 

Ele e Rafael tentaram várias videochamadas, mas por causa do fuso horário, era dificil sincronizar os horários. Frequentemente, quando ele ligava, Rafael estava no trabalho. No raro momento em que Rafael estava em casa, geralmente estava ocupado no escritório e, muito raramente, quando estava jantando, Rafael não era o tipo de homem que gostava de mostrar 

sua esposa. 

Matheus, que era discreto e não havia ido ao casamento de Rafael, muitas vezes, até esquecia que Rafael era casado. Dessa forma, apesar de Rafael estar casado há dois anos, Matheus nunca havia visto a esposa dele. Agora que o assunto tinha vindo à tona, Matheus perguntou eventualmente: “Já que você veio, por que não trouxe sua esposa junto com você?” 

Enquanto estava falando, ele observava ao redor da casa: “Ou será que a cunhada veio com você? Podemos jantar juntos quando você tiver tempo. Estou curioso para conhecer a musal que conseguiu conquistar o coração do nosso grande sábio Rafael.” 

Rafael, olhando de lado para ele, disse: “Você veio especialmente aqui para se envolver com a minha vida amorosa?” 

Matheus respondeu: “Só estou perguntando.” 

Rafael não deu importância e se moveu um pouco para o lado, seu olhar estava voltado para o celular que ainda estava na mesa de centro, com a tela acesa e o video da câmera de segurança do lobby do hotel pausado, mostrando a silhueta de uma jovem correndo em direção à porta giratória, com o bracelete em seu pulso se movendo levemente. 

Matheus também percebeu o que Rafael estava olhando e, sem prestar a atenção, olhou para o celular: “Essa não é a minha cunhada, é?” 

Rafael respondeu: “Não é.” 

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“Se não é, por que você tanto olha para ela?” Matheus, cheio de curiosidade, se aproximou mais do celular, mas ao notar o bracelete no pulso da garota, exclamou e virou–se repentinamente para Rafael. 

“Essa é…” Ele apontou para a garota que aparecia na tela do celular, “Helena Soares?” 


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