Chapter Capítulo 35
Capítulo 35
Por que essa reação tão exagerada?
A engasgada era ela, Adriana Barbosa, que se contorcia de dor, mas o que surpreendia era a reação dele. Aquela face rubra, de certa forma, lembrava a do dia no evento de pedras preciosas, quando ela the aplicou o creme para cicatrizes. Naquela ocasião, o embaraço era devido ao toque dela, mas agora, o que havia para corar?
As memórias do grito de dor ao remover o espinho de peixe ecoavam em sua mente, fazendo com que Adriana Barbosa percebeu tarde demais que talvez o som tivesse sido um pouco provocativo. Será que ele tinha vergonha disso?
Seria um excesso de pureza? Totalmente diferente daquele que, na noite do Hotel Realeza Tropical, rasgou suas roupas violentamente.
Como alguém pode ser tão bestial depois de beber e tão santo quando acorda?
“Você…”
“Vou ao banheiro para me livrar disso”
Eduardo Rodrigues se levantou, e Adriana Barbosa observou a espinha de peixe entre os dedos dele com uma leve careta. Era necessário ir ao banheiro para isso? E a voz dele, por que estava rouca?
“Ah
Ela assentiu com a cabeça. Segundos depois, ela o viu parar abruptamente, sus silhueta alta e imponente à distância: “É melhor não comer mais peixe agora, voltarei para tirar os espinhos“.
Tirar os espinhos?
Ele ina ajudá–la a remover os espinhos?
Adriana Barbosa, sendo a única filha da familia Barbosa e muito mimada desde pr
pequena, nunca precisou de ajuda para comer peixe, mas ouvir tais palavras de um homem adulto, com quem não tinha tanta intimidade, foi surpreendentemente agradável.
Parecia que ele realmente estava grato pela ajuda no evento de pedras preciosas, a ponto de querer lhe dar um monte de jolas caras.
“Certo…”
Ela não levou muito a sério, mas também não tocou mais no prato de peixe. Após algum tempo, já satisfeita e olhando o relógio, quase vinte minutos haviam passado, e Eduardo Rodrigues ainda não tinha saído do banheiro?
Após uma refeição farta, ela bocejou preguiçosamente e se aconchegou no sofá para mexer no celular, acabando por adormecer.
Quando Eduardo Rodrigues voltou, encontrou a raposinha dormindo e enrolada no canto, ainda com alguns traços de desejo nos olhos, que logo foram substituidos por uma ternura crescente.
Ele tirou o paleto e o colocou gentilmente sobre ela, com os dedos acariciando inconscientemente os densos cachos de seus
cabelos.
Jairo Lino, depois de terminar seu trabalho, esplou discretamente e viu Eduardo Rodrigues inclinando–se levemente para cheirar os cabelos macios da garota adormecida, com um olhar de obsessão que lembrava o de um pervertido em um desenho animado japonês!
O chefe também… ele era um pouco pervertido, não era? Se a Srta. Barbosa acordasse de repente e visse isso, ela não ficaria traumatizada?
Querida.
Eduardo Rodrigues lutou para controlar suas emoções, soltando os cabelos de sua mão e fechando os olhos. Esperava passar a noite em claro como de costume, mas, cercado pela respiração suave e constante da garota ao seu lado, adormeceu profundamente.
Por que Adriana Barbosa demorava tanto para voltar?
Bianca Alves retomou ao seu lugar, olhando o relógio frequentemente. Depois de quase uma hora, não se conteve mais e se levantou para verificar mas foi imediatamente impedida por Jairo Lino à sua frente.
*Sra. Alves, não me leve a mal por avisá–la, mas se houver uma próxima vez, talvez não haja espaço para você no mundo do entretenimento” – disse ele, alertando sobre as consequências de perturbá–la novamente.
Diante dessas palavras, Bianca Alves parou, sentindo um arrepio percorrer sua espinha. Será que eles… já sabiam?
“Senhores passageiros, estamos prestes a chegar à região de férias de Fernando de Noronha…”
A aterrissagem do avião com um forte estrando acordou Adriana Barbosa de seu sono profundo. Ela se levantou para esfregar os olhos sonolentos e, sem querer, tocou a jaqueta que cobra seu corpo. Curiosa, aproximou–a do nariz e inalou um suave aroma de pinho, o aroma de Eduardo Rodrigues. Não é de admirar que ela tenha sonhado que estava correndo por uma vasta floresta.
Ela se sentou abraçando a roupa, e viu que o homem ao seu lado ainda dormia. Sem o paleto elegante, restava apenas uma camisa fina que delineava seu corpo privilegiado. Seus cilios negros como penas de corvo pendiam suavemente, projetando duas pequenas
Capitulo 35
sombras em seu rosto, conferindo–lhe uma aparência serena e elegante, bem diferente de seu habitual ar frio.
“Nunca pensei que o termo bela adormecida‘ pudesse ser aplicado a um homem, mas parece tão apropriado… – murmurou Adriana Barbosa para si mesma, levantando–se. Ela queria devolver o paleto, mas tinha medo de acordá–lo. Pensando em voltar para seu próprio assento, ela viu que o caminho estava bloqueado pelas longas pernas dele. Depois de hesitar, ela decidiu tentar passar por cima dele com cuidado, mas no momento em que estava fazendo isso, o homem abaixo dela acordou.
Eduardo Rodrigues abriu os olhos e viu Adriana Barbosa… em cima dele.