O Magnata pai de trigêmeos by Pink Dolphin

Chapter Capítulo 10



Anne ficou vermelha, de vergonha e raiva, pois, tinha entendido qual era o objetivo de Anthony, com aquele encontro e, ao que
parecia, era acabar com sua reputação. No entanto, a jovem não sabia que o pior ainda estava por vir, pois, a expressão de
Lennon se tornou estranha, enquanto ele perguntava:
― O que ele quer dizer com isso? Com que roupas ele te conhece? ―
Ignorando a pergunta de Lennon, o homem bagunçado continuou falando, em voz mais alta que o necessário:
― Esse cara é seu novo cliente? Não é de admirar que eu não tenha visto você por tanto tempo. Ele paga mais do que eu? Se
for isso, apenas me diga o quanto ele está pagando que eu dobro o valor. ―
Anne olhou para cima, mais uma vez, e Anthony ainda estava lá, com uma taça de vinho na mão, enquanto olhava para baixo,
com uma expressão divertida.
― Ele está falando sério? ― Lennon mudou sua atitude, em relação a Anne.
O homem bagunçado respondeu, rindo:
― Como assim, você acha que eu estou inventando? Se não acredita em mim, pode perguntar para qualquer pessoa daqui.
Estou dizendo a verdade ― e, para provar seu ponto, o homem parou um garçom e apontou para Anne, perguntando ― você a
conhece? ―
― Claro que sim! É a queridinha dos nossos clientes ― respondeu o barman.
Ele então puxou outro garçom e disse a mesma coisa.
Anne olhou em volta para os clientes e funcionários. Eles continuavam agindo naturalmente ou olhando para ela, com
indiferença. Pareciam naturais, mas ela tinha certeza de que faziam parte do plano de Anthony.
“Que teatrinho incrível” a jovem pensou, com desgosto.
Anne não queria mais ficar ali. Por isso, se levantou e disse:
― Vou ao banheiro. ―
Entretanto, por mais que quisesse, a jovem não ousou tentar fugir do bar. Afinal, mesmo que conseguisse escapar, sabia que
seria apenas por pouco tempo, antes de ser arrastada novamente para aquele lugar perigoso.

A jovem estava imersa em pensamentos quando entrou no banheiro e, assim que a porta se fechou, atrás de si, foi aberta logo
em seguida. Lennon a tinha seguido.
Anne olhou para trás e viu que o antigo namorado olhava para ela com desgosto:
― Eu a interpretei mal. Achei que era uma mulher digna, mas não passa de uma sem vergonha, uma prostituta! ―
Anne respirou fundo e ficou em silêncio.
― Quando estávamos juntos, você não me deixou tocá-la, por mais de meio ano, agindo de forma conservadora. Você estava
apenas atuando e me enganando quando era, na verdade, apenas uma mulher vulgar! ―
― Você terminou? ― Anne disse, sentindo-se chateada.
― Ainda não terminei e quero recuperar o que perdi! ―
― O que você está tentando fazer? ― Anne gritou, preocupada, quando viu Lennon se aproximando e a pressionando contra a
pia.
― Ahhh! Me Solta! ―
― Por que não posso tocar em você? ― Lennon puxou suas roupas para baixo, rasgando o vestido de Anne e revelando sua
pele macia. Os olhos de Lennon brilharam.
― Seu imbecil! ― Anne lutava para afastá-lo, apavorada.
O que poderia ser pior do que ser estuprada por um ex-namorado?
― Eu não me importo de pagar! ― Lennon se inclinou para frente, tentando beijá-la.
Mas, quando Anne não quis Lennon deu um tapa em seu rosto, carregado de ódio. A jovem caiu no chão. Sua cabeça girava e
suas bochechas queimavam.
Mas, Lennon ainda não se sentia satisfeito, por isso, pegou um balde usado para a limpeza do sanitário e despejou toda a água
sobre a cabeça de Anne.
A jovem gritou. Com o vestido rasgado e o corpo encharcado, Anne parecia uma bagunça e Lennon ainda avançava,
pretendendo estuprá-la, mas a porta foi aberta de repente.

Lennon se virou, com a expressão irada, pronto para reclamar, mas o homem que entrou era enorme e não parecia estar para
brincadeiras. Então, a raiva passou. Ele nunca tinha visto um olhar tão ameaçador e achou melhor, simplesmente, ajeitar as
roupas e sair dali.
Anthony acompanhou a saída de Lennon com um olhar frio e, assim que ficou sozinho com Anne, no banheiro, caminhou na
direção da jovem, pairando sobre ela, como um rei.
Anne sentou-se tremendo e olhou para cima, com os olhos lacrimejantes:
― Podemos voltar para a mansão, agora? ―
Os olhos de Anthony estavam frios, quando ele disse:
― A noite ainda é uma criança. Ir para casa tão cedo é chato. ―
Anne agarrou sua perna e implorou:
― Por favor, isso já foi o suficiente, para me humilhar. Eu imploro, vamos voltar, por favor... ―
Anthony se inclinou para frente e segurou o queixo de Anne, com firmeza;
― Eu estava assistindo a um show muito bom e você me decepcionou. ―
Anne queria dizer algo, mas parou.
― Fala! ― Anthony exigiu.
― Eu não sei o que você esperava que acontecesse nesse encontro, mas eu já disse que não sou o tipo de mulher que você
imagina ― disse Anne, com lágrimas nos olhos.
― Você e seu ex nunca transaram? Você é virgem? ― A voz contida de Anthony foi ouvida.
Anne se encolheu.
Anthony deve ter ouvido o que Lennon disse e soube que eles não tinham transado.
Ela teve que morder a língua e responder:
― Nós nunca transamos. ―

― Devo verificar, então? Se eu descobrir que você está mentindo, vou te matar! ―
Anne estremeceu e respondeu:
― Não, nós nunca transamos e é por isso que ele me traiu. Estou falando a verdade! ―
Entretanto, se Anthony decidisse ver se Anne era virgem, ele não apenas descobriria que ela não era, como também veria a
cicatriz em sua barriga.
Se ela tivesse dado à luz, onde estava a criança?
No entanto, não havia nada que ela pudesse fazer. Ela não esperava que Anthony fosse se importar com uma coisa daquelas.
Mas, Anthony continuava a encarando com frieza e o ar estava cheio de perigo, como se ele estivesse prestes a matar a jovem.
O toque de um celular quebrou o silêncio e Anne não ousava respirar.
O homem soltou a mão do queixo da jovem, pegou o aparelho, no bolso interno do paletó e atendeu a ligação, dizendo:
― Pode falar.
O lado oposto disse algo e Anthony encerrou a ligação. Ele olhou para a jovem, com desdém, e saiu. Anne tentou se levantar,
mas suas pernas ficaram moles e ela quase caiu no chão. Sempre ficava exaurida de enfrentar a intimidação de Anthony.
Sozinha no banheiro, um pensamento passou pela cabeça de Anne “Será que ele me deixou livre? Ou é apenas temporário?”
Anne se levantou, usando todas as forças. Seu corpo estava encharcado e ela não podia mais ficar ali. “Mas, será que eu posso
mesmo ir?” A insegurança a torturava.
Mas, quando saiu do banheiro e passou por um cômodo no corredor, sem querer, viu o que acontecia dentro do quarto.
Um homem se ajoelhava diante de Anthony, com uma intensa expressão de dor em seu rosto.
― Você só pode falar comigo quando estiver de joelhos! ― Anthony falou e se sentou, no sofá, emanando sua aura autoritária.
Depois de se acomodar, disse, com a voz suave ― Pronto. O que você estava dizendo?
O homem suava, quando respondeu:
― Eu fui enviado pela família Marwood. Você não pode fazer isso comigo! ―

― Quem, da família, te mandou aqui? ― Anthony perguntou, mais incisivo.
Sob pressão, o homem cedeu:
― Foi a Senhora Marwood, Sarah Vallois. ―
Quando o nome foi dito, um brilho arrepiante surgiu nos olhos de Anne. Mas, em seguida, ela ouviu o homem gritando de dor.
Anthony enfiou a adaga no pulso do homem, com sangue fresco jorrando. Instantaneamente, o tapete foi pintado de vermelho.
Anne ficou tão chocada que seu rosto ficou pálido. Ela não pôde deixar de virar para trás e fugir, sem virar a cabeça para trás.
Assim que saiu correndo do bar, ela engasgou, buscando ar fresco. Pensando “Anthony é tão cruel! Ele é louco!”
De alguma forma, a brisa da noite estava mais fria do que o normal, e, com o corpo encharcado e o vestido rasgado, Anne
tremia de pavor e frio. Era como se o corte não fosse no pulso do homem, mas no dela!


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