Ex-marido Frio: Amor Inesperado ( Amelia Mendes )

Chapter Capítulo 7



Capítulo 7 

Rafael estava em uma reunião, com o celular ao lado, quando ouviu o som de uma notificação, desviou o olhar e viu uma mensagem de texto que Sophia enviou. Seu olhar hesitou por um 

momento. 

Bruno, que estava fazendo uma apresentação, era hábil em observar as expressões dos outros, lançando um olhar furtivo para o celular de Rafael e só conseguiu ver as palavras “Amélia” antes de Rafael virar o celular de cabeça para baixo na mesa e olhar para ele. 

Bruno estremeceu, pensando que Rafael iria repreendê–lo, mas viu apenas um olhar frio e distante: “Continue!” 

Bruno, hesitante, assentiu e continuou a apresentar o projeto de design que não havia terminado de explicar, mas assim que terminou, viu a testa de Rafael franzir. 

*Quem aprovou este projeto tão mau?“, perguntou, com uma voz baixa que, no entanto, elevou a tensão na sala de reuniões ao máximo. 

Bruno ficou sem palavras, hesitou e olhou para Rafael, sem saber o que dizer. 

Sem receber uma resposta, Rafael voltou seu olhar para os outros. 

Todos baixaram a cabeça, fingindo pensar profundamente, com medo de fazer contato visual e serem chamados. 

“Ninguém pode responder?“, perguntou Rafael. 

Ninguém ousou fazer um som. 

Os olhares implorando por ajuda foram secretamente direcionados a Bruno. 

Bruno, responsável pela assistência de Rafael e vice–presidente da empresa, era quem sempre enfrentava as dificuldades nas reuniões, especialmente recentemente. 

Até as pessoas mais lentas perceberam que algo estava errado com Rafael. Não é que ele se tornou irritável ou crítico, mas sim que ele parecia estar sempre com um humor sombrio, sendo excessivamente rigoroso com o trabalho e lançando olhares frios para onde quer que olhasse. O mais importante é que parecia estar acompanhado por sintomas de amnésia, não se sabia se ele estava distraído. 

Com todos os olhares sobre ele, Bruno sentiu uma pressão imensa. Ele podia lidar com a pressão normal, mas desta vez, será que ele conseguiria? 

Bruno abaixou ainda mais a cabeça, tentando minimizar sua presença tanto quanto possível. mas o olhar de Rafael seguiu o dos outros até ele. 

“Já que todos estão olhando para você, o Sr. Bruno pode responder por todos“, disse Rafael, lançando um olhar para os desenhos de arquitetura europeia na tela atrás dele: “Quem aprovou este projeto tão mau?” 

Bruno: “……” 

Isso estava claramente colocando–o em uma posição dificil. 

Rafael olhou para ele: “St. Bruno? 

Bruno olhou corajosamente para Rafael: “Eu… não sei.“ 

Ele não teve coragem de dizer a verdade. 

Rafael o olhou de relance e depois olhou para os outros. 

Todos baixaram a cabeça, fingindo pensar profundamente. 

“Sr. Santos, diga“, Rafael chamou alguém aleatoriamente. 

Sr. Santos, que foi chamado, olhou nervosamente para Bruno e jogou a pergunta de volta para ele: “Fol… Sr. Bruno, foi Sr. Bruno quem estava encarregado deste projeto.” 

O olhar de Rafael voltou para Bruno: “Bruno.” 

Bruno olhou para os seus colegas, que estavam todos fingindo fazer anotações, e então hesitou novamente antes de olhar para Rafael, sem saber o que dizer. 

Rafael disse: “Fale claramente.” 

Bruno tomou coragem: “Foi você… quem aprovou o projeto.” 

“Ontem à noite, ele acrescentou em voz baixa. 

A sala de reuniões ficou instantaneamente silenciosa. 

Bruno olhou discretamente para Rafael e viu uma expressão de surpresa em seu rosto bonito. 

Ele olhou para os desenhos de design atrás dele. 

Observando cuidadosamente sua expressão, Bruno disse: “Sr. Gomes, você parece um pouco fora de si nos últimos dias, está tudo bem?” 

“Estou bem“, disse Rafael, já com o rosto calmo. “Desculpe, foi um descuido meu. O projeto será refeito. A reunião está encerrada.” 

Com isso, Rafael agarrou no telefone que estava virado para baixo na mesa e saiu. 

Quando a porta da sala de reuniões se fechou, a tensão no ar se dissipou. 

Os outros deram a Bruno um sinal de aprovação com o polegar para cima. 

“Herói.” 

Bruno apontou um por um com o dedo: “Depois de cobrir vocês o tempo todo, na hora do aperto vocês só sabem me jogar na frente, nenhum de vocês tem consciência.” 

“Porque só você pode resistir à raiva do Sr. Gomes.” 

“O Sr. Bruno trabalhou duro, vamos te levar para jantar um dia desses.” 

Capitulo 7 

Todos responderam com risos, relaxando um pouco, mas logo foram tomados pela curiosidade: “O Sr. Gomes está com algum problema? Ele tem estado muito estranho ultimamente.” 

“É verdade, eu também notei, até o vi distraido.” 

“Eu também acho, ele nunca foi assim. Será que aconteceu algo em casa?” 

Os olhares curiosos voltaram–se novamente para Bruno. 

“Não é nada, o que se poderia passar com o Sr. Gomes ?” Bruno desviou o assunto com facilidade e disse: “Com o entusiasmo do Sr. Gomes pelo trabalho, é normal que às vezes o corpo não aguente e ele fique um pouco ausente.” 

Enquanto falava, ele terminava de arrumar os materiais da reunião e, após brincar mais um pouco com todos, voltou para o escritório. 

Seu escritório ficava fora do de Rafael, e lá dentro havia outros assistentes. Normalmente. conversavam relaxadamente sobre o trabalho, mas quando Rafael passava, todos se endireitavam imediatamente, sentandose corretamente e com uma postura séria, sem ousar olhar ao redor. No entanto, essa seriedade se dissipava quando viam Bruno entrar, e um por um, discretamente suspiravam aliviados. 

Bruno, sorrindo, bateu com os papéis na cabeça de alguns deles: “Comportem–se!” 

Todos témiam Rafael, Bruno sabia disso, ele mesmo inclusive. 

Não que Rafael tivesse um temperamento difícil pelo contrário, era uma pessoa que raramente se irritava. Embora fosse um workaholic, não exigia o mesmo dos funcionários, era compreensivo e oferecia melhores condições do que a concorrência. Ele nunca perdia a paciência sem motivo e jamais retinha o que era dos funcionários. Era, de fato, um excelenter chefe. Mas talvez por emanar uma aura muito forte, por ser sempre rigoroso, frio e pouco dado a sorrisos, mesmo que nunca perdesse a calma, ninguém se atrevia a ser imprudente na sua 

presença. 

Isso deve ser o que chamam de aura de alguém de alta posição, pensou Bruno, olhando através do espaço de trabalho em direção a Rafael na sala interna. 

Rafael rinha se sentado na sua cadeira de escritório, mandando o telefone casualmente para o canto da mesa, claramente de mau humor. 

Bruno suspeitava que tinha a ver com a palavra “Amélia” que ele tinha visto acidentalmente. 

Ele tinha tido alguns contatos breves com Amélia e tinha uma boa impressão dela. Ela era bonita e tinha um ar de pureza e simplicidade; falava de maneira suave e com uma voz agradável. Ela era calma, não arrogante e sempre cortes, nada parecida com a presunçosal mãe de Rafael, Sophia. 

Capitulo 7 

Bruno sabia do divórcio de Rafael porque ele tinha tratado das coisas com os advogados, então estava ciente do fim do casamento com Amélia. 

Mas por que eles se divorciaram era algo que ele ainda não sabia. 

Bruno estava ciente de que Rafael estava agindo de maneira estranha ultimamente, e isso se tornou mais frequente e sério depois que ele informou Rafael que Amélia queria vender a casa, a ponto de Rafael nem sequer se lembrar de documentos que ele próprio tinha assinado. Além da relação de chefe e subordinado, Bruno tinha uma boa relação com Rafael fora do trabalho, mas quanto à vida amorosa e matrimonial de Rafael, Bruno não sabia de nada, pois Rafael nunca compartilhava nada sobre esse assunto. 

Ele não conhecia Amélia muito bem, mas tinha a impressão de que o relacionamento deles era estável. Eles não estavam sempre juntos como alguns casais jovens, mas também não pareciam não gostar um do outro, não no ponto de um ódio profundo que justificasse um divorcio. 

Bruno ainda se lembrava do dia em que Amélia foi à empresa e Rafael pediu que ele a levasse à livraria. Não parecia haver nada de errado entre eles. 

No entanto, de alguma forma, apesar de não haver sinais de problemas e eles parecerem um casal improvável, no dia seguinte, Rafael de repente pediu a Bruno para cuidar do divórcio. 

Depois de um silêncio, Rafael olhou novamente para o telefone no canto, hesitou por um momento e, então, pegou o telefone e abriu o WhatsApp enviado por Sophia, assim como a foto anexada. Lá estava Amélia, olhando distraidamente para o bar, e Pedro, olhando para Amélia. 

Ele hesitou por um instante, olhando para as duas pessoas na foto. 

A captura no modo retrato sob uma luz sombria, cada detalhe dos olhares estava vivido e bem capturado. 

Como homem, Rafael entendia muito bem o que significava aquele olhar que o outro homem lançava para Amélia, perdido em pensamentos. Não era admiração nem um interesse passageiro, mas um amor profundamente enraizado, intenso e viscoso. 

Rafael não sabia quem era esse homem, ele não o reconhecia, nunca tinha visto uma foto dele com a Amélia. 

Amélia aquela… 

O dedo longo de Rafael pressionado sobre o celular hesitou por um momento, e ele se lembrou de que nunca tinha vasculhado o telefone de Amélia, de onde vinha então essa certeza de ter ou não visto? 

Bruno não conseguia ver o que estava no telefone de Rafael, apenas notou que os olhos. escuros de Rafael estavam ficando mais frios, como se pudessem congelar, e seu rosto bonito estava quase sem expressão, mas ao mesmo tempo, extremamente calmo, uma calma que 

tazia Bruno lembrar–se do mar antes de uma tempestade. 

Quando Bruno pensou que Rafael la causar algum tumulto, viu–o devolver a foto e responder ao celular: “E alouem que eu arranjei para ela, não se preocupe desnecessariamente.” 

Depois, desligou o telefone e mandou–o para o lado novamente, chamando–o; “Bruno!” 

“Estou aqui.” Bruno se apressou a se aproximar, com uma seriedade profissional, “Sr. Gomes. em que posso ajudar?” 

Rafael olhou para ele: “A que horas marquel com o Sr. Silva? Ele já chegou?” 

Bruno prontamente acenou com a cabeça: “A reunião está marcada para daqui a dez minutos, e ele já está na sala de conferências.” 

“Otimo.” Rafael assentiu, pegou o material da reunião em cima da mesa e levantou–se e ordenou: “Venha comigo.” 

Bruno acenou com a cabeça: “Claro,” 

Ele não pode evitar um momento de hesitação ao olhar para o celular em cima da mesa, sugerindo discretamente: “Sr. Gomes, se tiver algum assunto urgente, eu posso…” 

“Não é necessário!” Rafael interrompeu–o com um tom indiferente, já saindo pela porta. 

Bruno hesitou olhando para o celular deixado para trás, mas não teve escolha senão segui–lo. 


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